Tomei por empréstimo, para dar título a este “post”, a frase que ouvi do empresário Mário Ceratti, à frente da empresa da família por décadas, com uma gestão de grande sucesso.
A razão de ser dessa afirmação é um alerta para as famílias empresárias:
Atenção senhores familiares !
Assuntos e situações relacionados ao patrimônio desta família,
envolvendo dois ou mais de nós, familiares,
devem ser objeto de análise e discussão,
entre toda a família …
… para que sejam traçados limites e acordos de “uso”, aceitos e aplicados por todos os familiares, sob pena de virem a gerar futuros conflitos e desgaste na relação entre membros da família que controla o patrimônio da Empresa.
Conflitos não solucionados são a matéria-prima que construiu a nefasta estatística mundial no que diz respeito às Empresas Familiares: somente 16% delas consegue atingir a transição para a terceira geração.
E 98% das sobreviventes exibem uma interessante característica: são famílias disciplinadas quanto à utilização do patrimônio comum … possuem boas “cercas” ! Reina paz entre os “vizinhos”.
A pergunta que se segue a este raciocínio é: por que antigamente não era preciso lançar mão dessa “novidade” e agora nossa família é obrigada a pensar nisso ?
Pela mesma razão que, hoje em dia, as pessoas precisam consumir vários serviços não necessários há uma década (ex: provedor de internet, assinatura de serviço móvel de telefonia, serviço de segurança particular e outras taxas).
Ou seja, a sociedade está em permanente estado de mudança.
Sendo a Empresa Familiar, um fenômeno psico-sócio-técnico, sua sobrevivência com sucesso e boa qualidade de vida está intrínsecamente ligada à qualidade e ao desenho da sociedade (conjunto de famílias).
Famílias empresárias que procuram viver em harmonia e progresso, necessitam agregar ao seu repertório social a discussão positiva dos temas que envolvem a Empresa e os demais aspectos que integram o seu patrimônio.